Cachorro, gato, calopsita, coelho, passarinhos. Os animais despertam grande curiosidade entre as crianças e têm uma importante presença no cotidiano dos pequenos: desenhos animados, histórias, jogos, músicas. Possuem ainda caráter de identificação de suas vivências pessoais e sociais. Foi essa aproximação e a relação de afetividade que o contato com os animais desperta, que moveu as crianças do 2º ano a escolherem a temática: “proteção animal” para ampliarem suas experiências e aprofundarem seus conhecimentos.
Para desenvolver a solidariedade é preciso ir além do nosso próprio interesse para contemplar o outro enquanto ser humano, semelhante a nós, com gestos de empatia, acolhimento e doação. Um comportamento solidário acontece quando um trabalho é realizado com a participação de todos, sendo o diálogo o elemento fundamental para que ele ocorra. A partir da reflexão/discussão sobre a temática anual: “A união das diferenças. Qual é o seu superpoder?!”, os/as estudantes do 3º ano, elegeram a solidariedade como o superpoder da turma. De forma colaborativa, realizaram pesquisas, conversas e até criaram um jogo de trilha para estimular as pessoas a exercitarem a solidariedade.
O respeito ganha seu significado mais amplo, quando as pessoas vivenciam experiências de respeitar e serem respeitadas, de realizarem ações justas, de serem solidárias e receberem solidariedade. Através da escolha do respeito como o superpoder do 4º ano, as crianças tiveram a oportunidade de refletir e reconhecer que situações de preconceito e desrespeito acontecem nas relações interpessoais, cotidianamente, e que é muito importante buscar conhecer melhor aqueles com quem se convive. Essa busca encaminhou o olhar dos/das estudantes para os porquês dos conflitos e pensar em soluções para a resolução dos mesmos.
A empatia, como valor, é a capacidade de entender, compreender, apoiar, ajudar e motivar as pessoas com as quais nos relacionamos. Permite nos aproximar do que o outro pensa, sente e imagina. Ela ajuda a viver melhor em sociedade, trabalhar melhor em equipe, valorizar as contribuições únicas de cada pessoa. Além disso, permite considerar as motivações, os medos, os pontos fracos e fortes, tão importantes na resolução dos complexos problemas das relações interpessoais. Trata-se de uma habilidade chave para a vida em sociedade e particularmente para participar de um mundo cada vez mais globalizado e mutável. Quando não existe empatia, perceber o sofrimento do outro fica mais difícil. A escolha do superpoder da empatia, mobilizou os/as estudantes do 5º ano a voltarem o olhar para as relações que acontecem na escola e na própria sala de aula, favorecendo a reflexão sobre a importância de colocar-se no lugar do outro e reconhecer que o fato de não considerar o outro como outro dificulta as relações interpessoais na medida em que não permitimos ou dificultamos que ele expresse o que é.